terça-feira, 11 de maio de 2010

O fim do modelo soviético - a perestroika


Nos anos 80 do século XX, o sistema comunista encontrava-se obsoleto:
  • O controlo estatal conduziu a economia para um processo de estagnação

  • A administração do território sufocava sob o peso da burocracia

  • A política estava a cargo de funcionários do Partido Comunista

  • As liberdades individuais permaneciam restritas

  • O apoio financeiro fornecido aos países que se situavam do lado do bloco soviético representavam um grande encargo financeiro e militar

  • Os cidadãos tinham um nível de vida carenciado

  • A corrida aos armamentos, para além de ameaçar a segurança mundial, exigia grandes investimentos por parte da União Soviética.

Perante este quadro pessimista, a reforma partiu de dentro do próprio sistema. Gorbatchev delineou um plano abrangente: a perestroika, que serviria para ultrapassar o processo de estagnação e iniciar o progresso social e económico.

A nível económico, a perestroika incentivava a iniciativa privada e a descentralização da economia, permitindo que a livre-concorrência funcionasse como um estímulo para a produção. O objectivo era, portanto, satisfazer as necessidades do povo soviético, melhorando o seu nível de vida e as condições de trabalho, desenvolver a educação e promover os cuidados médicos. Este plano veio por em causa os planos quinquenais, que haviam caracterizado mais de 50 anos da História da Rússia.

Na vertente política, a prioridade era a transparência. Esta política de transparência abrangia, essencialmente, a luta contra a corrupção e censura, a aproximação ao Ocidente e a realização de eleições livres. Em consequência da sua aplicação em 1987, Gorbatchev e Ronald Reagan (presidente dos EUA), assinaram o Tratado de Washington para a destruição de armas atómicas. Paralelamente à aproximação estabelecida com o Ocidente, Gorbatchev apoiava a libertação dos países do Leste do controlo soviético; todavia, acreditava ainda na preservação da unidade da antiga URSS.

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