Para além de se ter verificado um reforço económico nas colónias, a fim de justificar perante os países europeus o facto de Portugal dominar esses territórios, as linhas de força da política colonial portuguesa centraram-se em mais dois pontos: na fundamentação teórica do colonialismo, e na defesa da tese integracionista durante a guerra colonial.
Deste modo, a legitimização do direito à manutenção das colónias assumiu um discurso novo sobre o colonialismo. Salazar acentuava a capacidade de adaptação dos portugueses a outras culturas e, a partir de 1951, para substituir o termo colónias, passou-se a falar de "Províncias Ultramarinas", assim como, em vez de Império Português, falava-se em "Ultramar Português".
Estas alterações tinham como objectivo argumentar, perante todos os que criticassem o colonialismo português, que Portugal não tinha colónias, mas tratava-se de um território uno, que se estendia "do Minho a Timor". Todavia, estas alterações não trouxeram quaisquer alterações ao modo de vida das populações locais.
O Estado Novo defendeu, contra a tese federalista, a ideia de manter as colónias submetidas às directrizes do poder central português; esta posição política acabou por ter como consequência o envolvimento dos portugueses, durante 13 anos, numa guerra em três frentes: Angola, Guiné e Moçambique.
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