quarta-feira, 17 de março de 2010

O corte de relações entre a URSS e a China

Em 1949, Mao Tsé-Tung fundou a República Popular da China. O regime político aí implantado tinha características específicas, através das quais Mao ajustava a doutrina marxista-leninista à realidade chinesa (maoísmo). Assim, em vez da ditadura do proletariado, Mao enalteceu o papel dos camponeses. A novidade consistia em construir o socialismo num país agrário:
  • Em vez da indústria pesada, as medidas tomadas visavam o desenvolvimento agrícola: em 1958 foi levada a cabo uma reforma económica intitulada “o grande salto em frente”, que tinha por base o fomento da agricultura e a integração dos camponeses em comunas populares lideradas pelo PCC. Esta reforma foi um fracasso, pois os meios técnicos eram reduzidos e os métodos de trabalho utilizados nas oficinas eram antiquados
  • Em vez da submissão a Moscovo, Mao estabeleceu os fundamentos doutrinários de um socialismo nacionalista. Criticou o socialismo de Kruchtchev, acusando-o de “não escutar as massas”

Por divergências ideológicas e na condução da economia., em 1960, as ligações que existiam entre a URSS e a China romperam-se, agravando as dificuldades económicas da China.
Em 1964, o culto a Mao e ao maoísmo foi estimulado através da Revolução Cultural, movimento que pretendia aniquilar todas as manifestações culturais – na literatura, na arte, no ensino – que se afastassem do modelo socialista de Mao. A propaganda ideológica tinha por base o “livro vermelho” que reunia citações de Mao. A Revolução Cultural deu origem a excessos de agitação social que resultaram na humilhação, perseguição e assassínio de muitos cidadãos considerados contra-revolucionários.
O corte com a URSS trouxe a aproximação aos EUA, cujo presidente – Richard Nixon – visitou a China em 1971. No mesmo ano a China tornou-se membro da ONU.

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